A Black Friday 2022 é a segunda maior data sazonal em vendas no Brasil, ficando atrás apenas do Natal. Entretanto, isso não significa que estamos longe de práticas abusivas e propagandas enganosas, como o próprio termo que se popularizou “Black Fraude” sugere.
A Black Fraude surgiu da necessidade que os usuários encontram em explicitar essa prática infiel aos ideais de grandes descontos. Aqui, os prejudicados são sempre os compradores, que acabam sendo enganados pelas marcas e varejistas.
Você sabe quais são as práticas mais comuns, o que tem sido feito para evitar essas fraudes, quais os impactos disso para a Black Friday e o que prevê o Código do Consumidor? Continue a leitura para descobrir!
Quais as práticas mais comuns da Black Fraude?
Infelizmente, podemos encontrar diferentes maneiras que as empresas tentam levar vantagem em cima do consumidor, desde falsos descontos aos fretes abusivos. Vamos ver quais são as principais delas.
- Descontos falsos: consiste em aumentar o preço de determinados produtos um pouco antes da Black Friday, para então o “desconto” ficar próximo ao valor original. Trouxe o famoso termo que afirma em que a Black Fraude é a metade do dobro;
- Preço maior que o anunciado: quando na compra online o preço no momento de fechar o carrinho é maior que o preço anunciado;
- Sites falsos: descontos incríveis, mas em sites falsos, que imitam os originais de grandes empresas;
- Frete caro: em alguns casos, o frete pode ultrapassar o valor do próprio produto;
- Produto entregue diferente do comprado: compras pela internet podem enganar e, muitas vezes, o real não corresponde ao anúncio.
Como vimos, existem diferentes maneiras que um consumidor pode ser lesado. Da maquiagem aos preços, aos golpes em que empresas falsas efetuam vendas de produtos que nunca vão chegar nas mãos do consumidor.
Mas o que tem sido feito para evitar as fraudes?
Para que o público fique mais seguro em realizar suas comprar e aproveitar os descontos nessa data tão importante para o comércio brasileiro, ferramentas e sites têm sido criados para mostrar, de diferentes maneiras, o que é real ou não.
Atualmente, podemos contar com várias dessas ferramentas, que analisam questões como a veracidade do domínio, as reclamações sobre a marca e até mesmo fazem uma comparação do valor do mesmo produto durante os últimos meses.
Essa última maneira é uma das mais importantes, principalmente quando pensamos que a maioria das fraudes está exatamente nos descontos falsos – em que, no fim, o consumidor acaba pagando o mesmo valor (ou às vezes até mais) porque a empresa aumentou o preço alguns meses antes.
Com isso, devemos levar em consideração uma coisa importante: podemos contar com diferentes apoios legais a respeito das fraudes, como veremos a seguir.
O que prevê o Código do Consumidor?
Como sabemos, as compras online também são regidas pelo Código de Defesa do Consumidor, o que torna a sua importância tão inegável durante todo o ano, mas principalmente na Black Friday.
E mais do que isso: os direitos expressos no Código não perdem a sua validade a sua validade caso as compras tenham sido feitas em liquidação, inclusive durante a “Black Fraude”.
Uma delas é a possibilidade que o consumidor tem de se arrepender da compra feita em até sete dias, e dessa maneira cancelar a compra, devolver o produto e, por fim, pedir o seu dinheiro de volta, independentemente da existência de defeito ou justificativa.
A maquiagem de preços é uma prática que o Procon prevê como ofertas enganosas que violam direitos do consumidor, correspondendo a quase 30% das reclamações segundo o Procon, referente ao ano de 2018. Atualmente, com o objetivo de coibir essa prática, diversas empresas têm se dedicado a expô-las e até mesmo denunciá-las.
Essa é uma questão que vai além de proteger o consumidor, mas também envolve não deixar que essa data tão importante para o varejo brasileiro seja encarado constantemente como uma Black Friday.
Quais os impactos da Black Fraude?
Como bem sabemos, os impactos financeiros por parte dos consumidores vão ser sentidas, quanto mais frequente essas práticas forem. Para muitos, a solução é realizar longas pesquisas em diferentes lojas, levando em consideração cada frete ou até mesmo taxas de juros, para que então faça sua escolha.
Isso pode ser cansativo, o que nos leva ao próximo ponto: segundo uma pesquisa no Reclame Aqui, apenas 4% dos entrevistados confiam totalmente na Black Friday. O que traz um nível de desconfiança muito grande não apenas para a data, mas também para as próprias lojas que participam.
Por isso é tão importante que grandes e pequenas lojas do varejo, seja na venda presencial ou online, atentem a essas questões. Pode parecer pouco, mas a exposição de um ponto de tanto interesse quanto antes pode manchar a reputação de muitas marcas, principalmente quando é recorrente.
Atualmente, graças às diferentes ferramentas e tecnologias, conseguimos encontrar informações sobre como as lojas se comportam de acordo com essas práticas e até mesmo desmascarando descontos falsos. Nenhuma loja quer ser vista como a que tentou enganar os seus consumidores, não é mesmo?
A partir de 2017 começou a perceber-se uma diminuição nas propagandas enganosas e fraudes. Ainda assim, eles ainda existem.
Atualmente, podemos dizer que a maioria das empresas costumam seguir a ética que a Black Friday pede. Entretanto, sempre podemos encontrar aquelas que pensam em seus lucros mais do que na experiência do usuário – o que pode vir a ser um grande erro para o futuro da marca.