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Neste ano, as vendas em lojas físicas devem se igualar ao comércio eletrônico e os dois canais estão cada vez mais conectados
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access_time Publicado em: 26/11/2019 às 06h00
Compras: retire na loja deve ser grande destaque para as vendas feitas pela internet (Kikovic/Thinkstock)
A Black Friday irá comemorar seu décimo ano no Brasil em 2019. Esse também será um ano inédito, já que será a primeira vez em que o número de compradores em lojas físicas deve se igualar ao online.
Essa tendência será impulsionada pelos consumidores que compram em mais de um canal, que representarão 25% do total em 2019, ante apenas 7% no ano passado, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Google. Cerca de 37% dos consumidores declararam que irão comprar apenas em lojas físicas e 38% apenas pela internet.
A edição deste ano da Black Friday deve ganhar um impulso extra com a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da primeira parcela do 13º salário. Nesse cenário, o varejo estima faturamento superior a 3 bilhões de reais para o período, alta de 18% sobre o desempenho do ano passado, informa a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop).
Pesquisa
A intenção de compra aumentou 58% em comparação ao ano passado e os consumidores também estão cada vez mais preparados para realizar essas compras: 69% já sabem que categoria vão comprar e estão só esperando a Black Friday para isso. O estudo do Google ainda mostrou que o gasto médio dos consumidores será de 1.330 reais.
A compra de um produto na Black Friday começa muito antes da data, diz uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Nove em cada dez consumidores planejam pesquisar preços antes de adquirir algum item, principalmente para confirmar se os produtos realmente estão na promoção.
Considerando aqueles que pretendem buscar informações sobre as ofertas, 40% afirmaram que olhariam os preços no mesmo mês da Black Friday, enquanto 28% fariam pesquisa com um mês de antecedência e 11% até dois meses antes. Outros 13% só devem verificar preços no dia do evento, segundo a pesquisa.
Como grande parte dessas pesquisas é feita pela internet, a presença online é indispensável, mesmo para varejistas que tradicionalmente atuam no meio físico. “Qualquer lojista que não tem um comércio eletrônico ou presença em marketplace vai perder vendas, porque não foi sequer considerado como opção durante a pesquisa”, diz o presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo, Maurício Stainoff.
Retire na Loja
Se a internet pode impulsionar as vendas nas lojas físicas, o contrário também é verdadeiro. A modalidade de entrega Retire na Loja é o grande diferencial e 39% dos brasileiros consideram que a opção como muito importante na hora de decidir a loja na Black Friday. Além disso, 24% dos compradores do evento neste ano esperam usar essa forma de entrega para suas compras online, de acordo com a pesquisa do Google.
Para o consumidor, essa modalidade elimina o custo de frete e o tempo de entrega, um dos grandes problemas no período de compras da Black Friday. Para os vendedores, é uma chance de vender outros produtos e serviços.
Um dos grandes desafios da Black Friday brasileira é a logística para entregar todos os produtos comprados pela internet nas próximas semanas. Com o crescimento da modalidade de Retire na Loja, essa logística deve ser facilitada, acredita Stainoff.
Além de se adaptar para entregar as compras feitas pela internet, as lojas físicas também devem adotar o horário expandido, para impulsionar as vendas, já que as vendas pela internet podem ser feitas em qualquer horário.
Com mais opções, serviços e lojistas, o varejo físico será o grande destaque da Black Friday de 2019.
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