SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dos dez produtos mais vendidos durante a Black Friday no Mercado Livre, oito foram de supermercado, categoria que cresceu 540% em volume na edição deste ano do evento, que ocorreu na sexta-feira (26).
A inflação em alta deixou itens caros em segundo plano, e muitos consumidores com orçamento apertado adiaram a compra de celular para encher carrinhos com comida, papel higiênico e ração de pet.
A avaliação é de Fernando Yunes, que lidera a operação do Mercado Livre no Brasil. A plataforma representa cerca de 30% das vendas no mercado digital.
“As famílias com o poder aquisitivo pressionado queriam trocar de celular e resolveram segurar mais um pouco. Decidiram pegar promoções de itens de gasto recorrente, como papel higiênico, alimentos em bastante volume, produtos de cozinha, de limpeza, comida de pet”, afirma Yunes.
Além da inflação, parte da população trocou de aparelho e adquiriu novos eletrônicos e eletrodomésticos no primeiro ano de pandemia. Com problemas de suprimento de peças e desvalorização do real, a indústria de tecnologia teve dificuldade para repassar descontos ao consumidor final.
“Em relação ao preço histórico, pode haver essa percepção de que o evento não teve grandes descontos, mas a indústria se esforçou e os varejistas também”, disse. “Quando o preço sobe 20% e, na promoção da Black Friday, o desconto é de 20%, o consumidor final -que não está preocupado com os custos, com a matéria-prima e com o dólar-, pensa que é o mesmo preço de um tempo atrás.”
Segundo Yunes, as vendas foram dentro da expectativa, e a plataforma ganhou participação de mercado. Dados do ecommerce apontam para crescimento de 5% a 6% no faturamento da Black Friday neste ano. Com o desconto da inflação, no entanto, as vendas ficaram até 5% menores na comparação com 2020.
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