Já virou tradição no calendário brasileiro do varejo: o mês de novembro é o mês da Black Friday. Segundo dados da consultoria Ebit/Nielsen, em 2020 a Black Friday brasileira deve ter uma alta de 27% nas vendas na comparação com o ano passado, motivada principalmente pela adesão do consumidor ao comércio eletrônico durante a pandemia. Em meio às promoções, porém, surgem as dúvidas de como se proteger ao comprar e vender pela internet. Com supostos descontos imperdíveis do evento, os usuários podem agir por impulso e realizar péssimos negócios.
De acordo com o diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), Adriano Volpini, as instituições financeiras estão percebendo nos últimos anos que o brasileiro não tem o costume de se preocupar tanto com a segurança de seus dados. Isso facilita ações de criminosos na hora de roubo de dados e de dinheiro de contas digitais. “Nós temos uma questão cultural muito complicada. Por mais incrível que pareça, as pessoas fornecem dados (para criminosos)”, diz.
De acordo com Hélio Cordeiro, especialista em segurança da informação e consultor da assessoria Daryus, a dica é se proteger de várias formas. “Não existe um bala de prata, são boas práticas que juntas garantem uma compra”, orienta. Saiba como se proteger ao comprar e vender pela internet.
PARA COMPRADORES
Prefira lojas conhecidas
Ao comprar em instituições reconhecidas, o consumidor se protege de forma dupla: primeiro, aumenta a probabilidade de receber produtos de boa qualidade e sem sustos na entrega. Em segundo lugar, não fica exposto a plataformas de pagamento inseguras que podem roubar dados bancários.
Para lojas menos conhecidas, é preciso tomar alguns cuidados. Uma das possibilidades é consultar a reputação da marca em sites como o Reclame Aqui, em que é possível filtrar as reclamações dos consumidores por empresa e checar a resposta dela. Procure informações cadastrais como CNPJ, razão social e telefone fixo para contato.
Desconfie especialmente de links patrocinados em sites de pesquisa, aquele primeiro que aparece nas pesquisas com a indicação de que foi impulsionado. Fraudadores costumam pagar para terem seus links maliciosos com destaque.
Cuidado com o ‘mito do cadeado’
Uma das formas de checar se as informações do site são criptografadas de ponta a ponta é conferir os ícones que aparecem no próprio navegador. Um dos indicativos é quando a URL do site começa com “https”, em…
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