A Black Friday no Brasil, assim como em outros mercados, se tornou talvez a data mais importante do varejo, talvez superando em expectativas de vendas, tradicionais datas como o dia dos pais ou o dia das mães.
Bom, por terras brasileiras a dinâmica da Black Friday é bem diferente da americana por exemplo, e não podemos somente apontar a esperteza de algumas empresas que ajudaram a criar o jargão: “50% do dobro do preço”. Infelizmente temos esse tipo de varejista que ao invés de enxergar a oportunidade de acelerar o giro de estoque, de melhorar seu fluxo de caixa ou de se posicionar melhor no mercado, vislumbra somente a oportunidade de faturar um pouco mais da inocência do consumidor. Inocência essa que está cada vez mais deixando de existir graças a internet das coisas, que compara, monitora e denuncia lojas que querem apenas se aproveitar do cliente.
Neste ano de 2020, temos um cenário um pouco mais “apimentado”. Com a crise do Covid-19 e as restrições de circulação e aglomeração, o e-commerce se tornou o principal canal de vendas. Nos últimos 5 meses vislumbramos uma corrida contra o tempo de varejistas de todo porte para colocar suas lojas on-line prontas para vender. Quer dizer, nem tão prontas assim.
Os índices do varejo online em 2020 são uma prova cabal da necessidade que o varejista hoje tem de ter uma loja online, vamos a alguns:
· Em junho de 2020 o ecommerce brasileiro registrou alta de 110,52% e o faturamento 108,84%. (fonte: camara-e.net movimento compre e confie)
· De janeiro de 2020 a setembro de 2020 em dimensão monetária o faturamento foi de R$41,92 bilhões. (fonte: ABComm movimento compre e confie)
· Se compararmos com o comércio varejista tradicional temos um cenário que prevê fechar 2020 com uma queda de 6,7% e uma redução de 25% no faturamento em relação ao ano anterior. (fonte: fecomercio/SP)
Outro fator importante é que a carga tributária brasileira encarece toda a cadeia, da compra do produto na indústria ao transporte da mercadoria até chegar ao cliente. Grandes empresas do varejo digital espalham suas operações de logística por todo o Brasil para aproveitar incentivos fiscais e reduzir custos de operações. O Espírito Santo por exemplo se tornou a escolha de parque logístico de muitas empresas não só pela boa localização, menor custo imobiliário, mas também por planos de incentivo fiscal para empresas do varejo não presencial. O COMPETE é um exemplo.
O varejo físico deve…
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