Pedro Eugenio: Black Friday ou Black Fraude? – PET Computação

A Black Friday surgiu nos anos 60 na Filadélfia, Estados Unidos. O dia, tem por objetivo limpar os estoques do comércio para as compras de Natal e, promover grandes descontos, ocasionando um frenesi nos consumidores norte-americanos, gerando um grande volume de vendas para o período. A Black Friday chegou ao Brasil em 2010, com descontos bem modestos e totalmente voltada para o comércio eletrônico. E, Desde então, isto não se modificou muito. As lojas que aderem ao movimento, ofertam, na melhor das hipóteses, pequenos descontos em seus produtos, retirando toda magia do evento americano.

Para a maioria dos consumidores brasileiros, o preto se transformou na cor do desrespeito aos direitos dos consumidores. O dia que prometia descontos polpudos, vem se tornando o período onde os índices de reclamações, nos órgãos de defesa do consumidor, aumentam exorbitantemente. Tais índices se elevam, devido a má fé das lojas que maquiam descontos – quando se aproxima a data do evento, as lojas sobem os preços dos produtos para no dia ofertarem falsos descontos, voltando ao preço anterior, ou seja, é tudo pela metade do dobro do preço -, ofertam produtos com estoque “limitado” e de marcas de quinta categoria.

A revista americana Forbes avaliou, em artigo, a tradição importada dos Estados Unidos para cá como uma oportunidade de lojistas aplicarem certos golpes em compradores compulsivos. Para o artigo, se a Black Friday é conhecida como o dia dos descontos nos Estados Unidos, no Brasil, é vista como “o dia da fraude”. Para o autor, se o Brasil fizesse a Black Friday de maneira correta, haveria pessoas acampando em frente ao Shopping de Higienópolis, em um bairro de São Paulo, na noite de quinta-feira, ou ao menos grudados na porta de uma rede como a Fnac à 1h da manhã. Porque nos Estados Unidos, a tradição é ver filas de consumidores acampados em frente a grandes redes varejistas à procura de eletroeletrônicos.

Segundo a publicação “Black Friday: uma mentira internacional?” do site codigofonte.uol.com.br, a Black Friday é uma mentira internacional. ONGs e sites internacionais estão descobrindo que mesmo nos Estados Unidos, terra natal do dia do desconto, também existem truques para enganar os compradores e não são poucos. As lojas aplicam golpes do mesmo jeito que aqui no Brasil. O pior é que não há ninguém regulamentando a Black Friday ou fazendo lista negra dessas lojas nos Estados Unidos. Isto faz o evento perder seu objetivo de limpar o inventário para as compras de Natal para se tornar uma nova oportunidade de vendas para os lojistas.

Em uma entrevista ao Olhar Digital, o diretor executivo da empresa Busca Descontos, que organiza a Black Friday no Brasil, Pedro Eugenio, afirmou que lojas maquiaram os preços, mas foram “uma minoria”, chegaram a representar 1% das operações. Neste ano o evento conta com um código avalizado pela câmara Brasileira de Comércio Eletrônico que tem de ser seguido por todas as lojas envolvidas e também fechou uma parceria com o Instituto Sieve(especializado em precificação no comércio eletrônico) e com o site ReclameAqui, que terá um canal exclusivo para denúncias sobre a Black Friday.

Tomará que este ano seja diferente mesmo, com tais regulamentos adotados, fica a esperança para todos os consumidores brasileiros que fizeram economias e aguardaram ansiosamente por esse momento. Porém, é importante pesquisar bem sobre as lojas e produtos para que estas 24 horas não acabe em uma grande frustração. E ai, vamos as compras?

Referências:

http://noticias.r7.com/economia/revista-americana-faz-piada-de-black-friday-no-brasil-e-diz-pode-se-tornar-dia-da-fraude-28112013

http://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/black-friday-brasileira-vira-black-fraude-nas-redes-sociais

http://olhardigital.uol.com.br/pro/noticia/38762/38762

Fonte: https://www.petccufpb.com.br/?p=2116

Pedro Eugenio Black Friday