A Black Friday é uma data tradicional do comércio estadunidense e marca o início do período de vendas do Natal. Ocorre após o Dia de Ação de Graças, na última sexta-feira de novembro, dia 29 esse ano, e representa uma grande oportunidade de descontos e promoções nas lojas.
No Brasil, a prática é mais recente, surgiu em 2010 com a iniciativa do publicitário Pedro Eugênio do site Busca Descontos, e vem apresentando um crescimento exponencial desde então. Para 2019, a expectativa é de um faturamento de R$ 3,45 bilhões.
A empolgação do mercado é tanta que os descontos se estendem para toda a semana, a chamada Black Week; na segunda-feira há a Cyber Monday, em que o comércio eletrônico é o foco, e alguns varejistas apostam no mês de novembro inteiro para as ofertas. Além disso, os comerciantes brasileiros passaram a aderir também à Black Friday chinesa: o Dia dos Solteiros, que acontece no dia onze de novembro (11/11).
Pela primeira vez na Black Friday brasileira, o número de vendas físicas deve se equiparar ao número de vendas online. Segundo pesquisa conduzida pela Provokers, empresa de consultoria em marketing, a pedido do Google, 38% dos consumidores farão apenas compras pelos e-commerces, 37% apenas nas lojas físicas e os 25% restantes vão buscar ofertas nos dois canais.
O mercado está se preparando: o Magazine Luiza, que há alguns anos vem investindo na transformação digital e pretende ser uma “plataforma digital com pontos físicos e calor humano”, é o exemplo máximo de estratégia multicanal e seu marketplace com a recém adquirida Netshoes deve se destacar. A concorrência não ficou para trás, as empresas Centauro e B2W, responsável pela Americanas.com, também fecharam negócio. A Black Friday se apresenta como uma oportunidade para testar a tendência de parceria entre grandes varejistas e apontar se esse realmente é o caminho.
Outro setor que promete aquecer as vendas esse ano é o alimentício. Supermercados, fast-foods, aplicativos de delivery e marcas de bebida entram nessa conta. A competição é acirrada, as empresas estão apostando na divulgação via redes sociais e as promoções já repercutiram na web. O Burger King anunciou que sua promoção de 3 lanches por 15 reais poderá dobrar se o pagamento for feito online via Mercado Pago, o impressionante número de 6 por R$15 causou milhares de reações e uma resposta à altura do McDonalds: 10 lanches por R$20.
Saiba mais aqui: A resposta que o McDonalds deu ao Burger King na Black Friday
Mas cuidado: descontos muito absurdos devem ser motivo de desconfiança. O Procon-SP divulgou uma lista de sites para serem evitados durante a Black Friday e algumas dicas de boas práticas como não clicar em links recebidos por e-mail e redes sociais. Trata-se de um esforço para acabar com a chamada “Black Fraude”, uma vez que nas edições anteriores alguns lojistas mascararam o preço e ofereceram produtos pela metade do dobro do preço, por exemplo, gerando muitas reclamações e contribuindo para uma visão negativa da data que muitos brasileiros tinham.
Como toda novidade, o consumidor levou um tempo para se acostumar e agora está mais maduro para efetuar as compras sem cair em golpes. A expectativa para 2019 é totalmente positiva, com um crescimento de 58% na intenção de compra e um aumento do gasto médio para R$ 1.300, garantindo que a Black Friday continue sendo um sucesso que movimenta bilhões na economia do Brasil.
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